sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Reunião para criar áreas de proteção na Antártica termina sem acordo

Comissão visa criar reservas marinhas com 3 vezes o tamanho da França.
Ambientalistas criticaram resultado; grupo volta a se reunir em 2013.

Um acordo que estava sendo construído entre 250 delegados de 24 países mais a União Europeia, para a criação de grandes áreas de proteção ambiental nos mares da Antártica, terminou sem resultado nesta quinta-feira (1º), segundo informam as agências internacionais.
Os representantes dos países, que integram a Comissão para a Conservação dos Recursos Marinhos da Antártica (CCAMLR, na sigla em inglês), decidiram que o grupo volta a se reunir na Alemanha somente no próximo ano, em julho de 2013.
Eles participavam há duas semanas de uma conferência da CCAMLR na Tasmânia, Austrália, para decidir sobre a criação das áreas de proteção ambiental.


Pinguins imperadores na Antártica (Foto: Divulgação/U.S. Antarctic Program/National Science Foundation)Pinguins imperadores na Antártica (Foto: Divulgação/U.S. Antarctic Program/National Science Foundation)
Organizações ambientais, como o WWF, demonstraram preocupação com a falta de consenso sobre a criação das reservas.
  Uma das propostas defendidas pelos Estados Unidos, pela Nova Zelândia e por outros países era criar duas áreas de proteção ambiental: uma de cerca de 1,6 milhão de km² e outra de 1,9 milhão de km², em dois pontos nos mares da Antártica.
Imagem mostra o robô submarino que integra projeto de pesquisa que vai mapear as profundezas da Antártica para estudar o impacto da mudança climática (Foto: Divisão Antártica Australiana/Reuters)
Robô submarino usado para pesquisa marinha na
Antártica (Foto: Divisão Antártica Australiana/Reuters
Se fossem criadas, as reservas iriam garantir a proteção de animais como baleias e pinguins em uma região equivalente a três vezes o tamanho da França, informa a britânica BBC.
O fracasso em chegar a um acordo foi creditado principalmente à atuação dos delegados da Rússia, da China e da Ucrânia, de acordo com os ambientalistas. "Estamos desapontados", disse à imprensa internacional o representante da ONG Aliança para o Oceano Antártico, Steve Campbell.






Fonte: g1.globo

Nenhum comentário:

Postar um comentário