Em pouco mais de 50 anos, população de leões caiu 68%.
Avanço demográfico sobre reservas seria um dos principais problemas.
As savanas da África e os leões que vivem ali estão desaparecendo a um ritmo alarmante, com uma redução de dois terços nos últimos 50 anos, segundo estudo publicado nesta semana.
A partir de informações obtidas via satélite, pesquisadores da Universidade Duke, no Reino Unido, descobriram que apenas 32 mil leões vivem agora nas savanas do continente, em comparação com os cerca de 100 mil que habitavam ali em 1960 (uma queda de 68%).
A redução foi particularmente extrema na África ocidental, onde as populações humanas dobraram nas últimas três décadas, segundo estudo publicado na revista "Biodiversity and Conservation". A pesquisa sustenta que menos de 500 leões permanecem na região.
"Só resta 25% de um ecossistema que antes era um terço maior do que o território continental dos Estados Unidos", disse Stuart Pimm, da Escola Nicholas de Meio Ambiente da Universidade de Duke, do Reino Unido.
O cientista explicou que a queda se devia à mudança no uso do solo e ao desmatamento realizado pela crescente população humana que invade o habitat dos leões.
Leões africanos perderam parte de seu habitat nos últimos anos, aponta estudo (Foto: Arquivo/Carley Petesch/AP)
Os pesquisadores descobriram que apenas 67 extensões de savana ao longo do continente, definidas como áreas que recebem entre 25 e 150 centímetros de chuva anual, tem densidade populacional e impacto humano suficientemente baixos para permitir a vida dos leões.
Por outro lado, apenas 10 destas áreas são consideradas "fortalezas", onde os leões têm chances excelentes de sobreviver, muitas delas em parques nacionais.
Fonte: g1.globo.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário