quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

EUA dão passo rumo à liberação da venda de salmão transgênico

Análise preliminar do FDA diz que peixe não representa ameaça ambiental.
Animal cresce duas vezes mais rápido do que salmão comum.

Imagem mostra dois espécimes de salmão, um maior e geneticamente modificado, e outro com tamanho normal (Foto: Divulgação/Aquabounty)Imagem mostra dois espécimes de salmão da mesma idade, um maior e geneticamente modificado, do tipo que pode vir a ser vendido, e outro com tamanho normal (Foto: Divulgação/Aquabounty)
A criação de um tipo de salmão transgênico que cresce duas vezes mais rápido que o normal não traz riscos ambientais, segundo uma análise preliminar divulgada pelo FDA, o órgão dos Estados Unidos que fiscaliza a venda de remédios e alimentos.

O documento do órgão foi divulgado nesta semana, segundo veículos de imprensa dos EUA. Sua liberação foi considerada um "sinal verde" e mais um passo rumo à produção do salmão geneticamente modificado para consumo.

Uma análise anterior do FDA, produzida em 2010, afirmou que o salmão transgênico "é tão seguro como alimento quanto o salmão convencional, e há uma razoável certeza de que não haveria problemas com seu consumo".

O órgão federal vai abrir uma consulta pública sobre ambos os documentos pelos próximos 60 dias, a partir desta quarta-feira (26).

Hormônio do crescimento

Para a criação do peixe, a empresa AquaBounty alterou geneticamente uma espécie conhecida como salmão do Atlântico e inseriu genes de outra espécie, chamada de salmão do Pacífico ou salmão-rei. O trecho de DNA inserido define a produção de um hormônio do crescimento, o que faz com que o peixe amadureça mais cedo e tenha tamanho maior do que o normal.

A empresa propôs ao FDA que os peixes sejam produzidos fora dos EUA e que sejam criadas apenas fêmeas estéreis - somente a carne seria vendida em território americano, o que evitaria ameaça ambiental caso os peixes escapassem.

Ativistas ambientais e defensores de alimentos saudáveis estão em alerta por conta da medida, diz o "Washington Post". Países da União Européia já baniram alguns alimentos transgênicos, e instituíram rótulos e marcas para informar os consumidores sobre as modificações genéticas.


Fonte: g1.globo.com

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