País ainda é o maior mercado para as presas de elefantes
O preço do marfim triplicou na China nos últimos quatro anos, de acordo com novo estudo do grupo Save the Elephants, divulgado na semana passada. A notícia tem implicações preocupantes para governos e ambientalistas que lutam para salvar os elefantes na África, em meio a uma epidemia de caça ilegal.
“O preço médio pago por artesão ou donos de fábricas de objetos para presas de 1 a 4 quilos em Beijing, no começo de 2014, era de U$ 2.100 por quilo,” diz Esmond Martin, um dos autores da pesquisa. “Em 2010 o preço médio era de U$ 750 o quilo.”
De acordo com a Convenção do Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas da Flora e da Fauna (Cites), no ano passado foram mortos 20.000 elefantes na África. É um ligeiro declínio em relação aos 25.000 de 2011. No entanto, outros grupos de conservação acreditam que o número de mortes é muito maior. A Save the Elephants, por exemplo, afirma que elas têm sido 33.000 todo ano entre 2010-2012.
Ninguém sabe exatamente quantos elefantes foram mortos desde que a caça ilegal começou a aumentar em meados dos anos 2.000, nem quantos sobram no continente africano.
Outro relatório, do grupo Traffic, que monitora o comércio de vida selvagem, fala da situação da Tailândia, onde o número de objetos de marfim à venda triplicou nos últimos 18 meses, de 5.865 para 14.512 em maio.
Conservacionistas alegam que a demanda de marfim cresce enquanto a oferta cai, porque vários países estão queimando seus estoques. E a disparidade de preços na África e na Ásia está distorcendo a demanda. Gangues podem ganhar dinheiro comprando marfim a um décimo do preço de revenda quando chega ao mercado, informa o South China Morning Post.
Foto: USFWS Mountain-Prairie/Creative Commons
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