quarta-feira, 12 de junho de 2013

Descoberta de sangue de mamute aumenta possibilidades de clonagem

Mamute lanoso
Mamute lanoso
                             
Projeto da Universidade de Iakutsk e do investigador Hwang Woo-suk ganha novo alento

Uma equipe de cientistas russos encontrou sangue na carcaça congelada de um mamute recuperado numa ilha do Árctico. Esta descoberta aumenta significativamente as possibilidades de clonar este animal pré-histórico.

Numa expedição realizada no princípio deste mês pela Sociedade Geográfica Russa e especialistas da Universidade Federal do Nordeste (Sibéria Oriental) foi possível examinar os restos bem conservados desta fêmea de mamute-lanoso (Mammuthus primigenius), que tinha sido localizada em Agosto passado em Maly Liajovski, Oceano Árctico russo.

O chefe da expedição, Semen Grigoriev, afirmou que o animal morreu com 60 anos de idade há 10 mil ou 15 mil anos. Na Rússia descobrem-se mamutes “praticamente todos os anos”, mas esta descoberta tem importância acrescida, visto o animal estar em excelente estado de conservação, tendo ainda tecidos musculares preservados e sangue. “Quando quebramos o gelo debaixo do abdômen, fluiu sangue muito escuro. É o caso mais surpreendente que alguma vez vi”, disse o cientista.

O animal terá caído num poço de água ou num pântano, provavelmente até metade da sua altura, o que fez com que congelasse na água e que assim se preservasse. Os restos foram transladados para um lugar apropriado à sua conservação. “Esta descoberta aumenta as possibilidades reais de se encontrarem células vivas que possam permitir concretizar o projeto de clonagem de um mamute”, diz o cientista.

A Universidade de Iakutsk assinou um contrato o ano passado com o sul-coreano Hwang Woo-suk, um polêmico especialista em clonagem e pai do primeiro cão clonado, para a realização deste projeto. No caso de conseguirem o material, o núcleo das células do mamute-lanoso será transferido para óvulos de elefante com o objectivo de se produzirem embriões com o DNA daquele animal, que seriam colocados no útero de um elefante asiático.



Fonte: http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=57768&op=all

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