sexta-feira, 21 de junho de 2013

Duas novas espécies de aranhas minúsculas são descobertas na China

Animais têm tamanho aproximado de um grão de areia.
Elas foram descobertas graças às suas pequenas teias, dizem cientistas.



Fêmea da espécie de aranha 'Mysmena wawuensis' (Foto: Divulgação/ZooKeys)Fêmea da espécie de aranha 'Mysmena wawuensis' (Foto: Divulgação/ZooKeys)
Cientistas descobriram duas novas espécies de aranhas muito pequenas, com tamanho aproximado de um grão de areia, debaixo de folhas em uma região de floresta na China.



Estruturas de um macho da espécie de aranha 'Trogloneta yuensis' (Foto: Divulgação/ZooKeys)Estruturas de um macho da espécie de aranha
'Trogloneta yuensis' (Foto: Divulgação/ZooKeys)
Os animais, das espécies Trogloneta yuensise Mysmena wawuensis, foram descritos no periódico científico "Zookeys" no final de maio.

A descoberta foi feita por pesquisadores da Universidade de Sichuan e da Academia Chinesa de Ciências em Pequim, ambas as instituições localizadas na China.

Entre as características das aranhas destaca-se o abdômen arredondado e grande em comparação com o cefalotórax (junção do tórax e cabeça), principalmente nas fêmeas, de acordo com os cientistas.

A espécie Mysmena wawuensis tem o corpo escuro, com pequenas pintas amarelas e patas douradas. O corpo do macho é menor que o da fêmea - ele mede, em média, 0,6 milímetros.

Já a outra espécie, Trogloneta yuensis, possui um padrão de cor que é quase o inverso: seu corpo é amarelado, com um grande abdômen, coberto com manchas e pintas pretas.

Os animais foram descobertos graças à suas pequenas teias, de acordo com os pesquisadores.

Maior barco solar do mundo estuda efeito das mudanças climáticas no oceano


Primeiro veículo movido a energia solar a dar a volta ao mundo, o Turanor PlanetSolar chegou a Nova York como parte de uma expedição que analisa os efeitos do clima sobre as correntes marítimas





O maior barco movido a energia solar do mundo chegou a Nova York nesta segunda-feira, como parte de uma expedição científica para estudar o efeito das mudanças climáticas no planeta. O Turanor PlanetSolar é uma embarcação suíça de 35 metros de comprimento dotado de uma imensa cobertura de painéis fotovoltaicos, que, quando abertos, fazem o barco chegar a 23 metros de largura.

Em maio de 2012, ele se tornou o primeiro veículo movido a energia solar a dar a volta ao mundo, após uma grande viagem de 584 dias e mais de 60 mil quilômetros percorridos. Agora, ele inicia uma nova etapa de sua missão, na qual irá estudar os efeitos do aquecimento global sobre a Corrente do Golfo, corrente marinha localizada no norte do Oceano Atlântico. "Em vez de se tornar um museu em algum porto, o barco agora desfruta desta segunda vida", diz Gerard d'Aboville, capitão da embarcação.

O PlanetSolar zarpou do porto de La Ciotat, no sudeste de França, há pouco mais de dois meses, e alcançou Miami, no sudeste dos Estados Unidos, no início de junho. A expedição deve continuar até agosto, com escalas em Boston, no nordeste dos Estados Unidos, em San Juan de Terranova, no Canadá, em Reykjavik, capital da Islândia, e, finalmente, Bergen, na Noruega. "Nosso objetivo é entender as complexas interações entre física, biologia e clima para ajudar os cientistas a aperfeiçoarem as simulações climáticas, especialmente no que diz respeito às trocas de energia entre o oceano e a atmosfera", afirma Martin Beniston, pesquisador da Universidade de Genebra, na Suíça, e chefe da missão.

PROEZA TECNOLÓGICA
A Corrente do Golfo tem origem no Golfo do México e desloca uma grande massa de água quente da região para o norte do Atlântico, assegurando à região oeste da Europa um clima mais quente do que o esperado para sua grande latitude. Além disso, ela impede uma excessiva aridez nas zonas tropicais americanas por onde passa, como o México e as Antilhas.

O objetivo da tripulação do barco é coletar informações sobre os efeitos das mudanças climáticas ao longo dos trechos atingidos pela Corrente do Golfo. "Vivo na Bretanha, no oeste da França, e estamos muito preocupados. Todos sabemos que se a Corrente do Golfo mudar, mesmo que seja só um pouquinho, nosso clima se deteriorará muito", afirma Gerard D'Aboville.

O Turanor PlanetSolar é considerado uma verdadeira proeza tecnológica, com sua cobertura de mais de 515 metros quadrados de painéis solares, peso de 90 toneladas e velocidade de até 26 quilômetros por hora. Durante toda sua operação, ele não requer gasolina e não emite gases de efeito estufa. "Como o barco é impulsionado por energia solar, não emite nenhuma substância contaminante que possa distorcer o material coletado na travessia de 8 mil quilômetros entre Miami e Bergen", diz Martin Beniston.

Atracado desde a segunda-feira em uma marina sobre o rio Hudson, no sul de Manhattan, o barco deve zarpar nesta sexta-feira com destino a Boston.

(Com Agência France-Presse)


Fonte:http://planetasustentavel.abril.com.br

Biólogos avistam no Canadá a primeira baleia negra em 60 anos

Espécie é uma das mais ameaçadas de extinção do mundo.
Alvo de forte captura no século 19, animal foi visto só 6 vezes no século 20.

Baleia negra é avistada pela primeira vez em 60 anos na costa do Canadá (Foto: AFP/Fisheries and Oceans Canada)
Foto divulgada pela guarda-costeira canadense mostra a baleia negra (Foto: AFP/Fisheries and Oceans Canada)


Uma baleia negra do Pacífico Norte, um dos animais mais ameaçados de extinção do mundo, foi avistada nos últimos dias pela primeira vez em mais de 60 anos na costa ocidental do Canadá, anunciou nesta quinta-feira (20) o ministério de Pesca e Oceanos.

Um navio da guarda-costeira canadense que cruzava as Ilhas da Rainha Carlota, na fronteira com o estado americano do Alasca, pôde observar o animal em várias ocasiões.

"Quando percebemos o que estávamos vendo, não podíamos acredita"', declarou em um comunicado James Pilkington, biólogo do ministério a bordo do navio.

A baleia negra foi vista em águas canadenses apenas seis vezes durante o século 20, a última há 60 anos.

A espécie é considerada uma das mais ameaçadas do planeta.

Esta baleia de pele negra e mandíbula curva pode medir até 17 metros e pesar 90 toneladas.

Durante o século 19, foi capturada intensivamente, até que nos anos 1960 sua pesca foi declarada ilegal. Calcula-se que restem entre 300 e 400 espécimes no Canadá, Alasca e Mar de Behring.

Fonte: g1.globo.com

sexta-feira, 14 de junho de 2013

Vem ai o 16 Simpósio de Biologia Marinha da Universidade Santa Cecília

Conselho Nacional de Saúde define regras para estudos com humanos



O Conselho Nacional de Saúde (CNS) definiu novas regras para pesquisas científicas envolvendo a participação de seres humanos. A decisão foi publicada no Diário Oficial da União desta quinta-feira (13) e substitui três resoluções anteriores, de 1996, 2000 e 2008.

A medida abrange estudos de qualquer área do conhecimento que tenham ética, metodologia adequada e mais benefícios do que riscos, feitos por profissionais de instituições públicas ou privadas. Os temas, portanto, podem variar de trabalhos sobre novos medicamentos, genética, reprodução humana, transgênicos e células-tronco até pesquisas com populações indígenas e outros grupos.

"Com essa resolução, os direitos dos voluntários são muito enfatizados. Ela também abre novas possibilidades para pesquisas de fase 1 (primeiro momento em que se testam medicamentos em um grupo pequeno de humanos saudáveis), que têm sido pouco feitas no Brasill. Além disso, facilita estudos de bioequivalência (quando a molécula de uma substância se comporta de forma semelhante a um remédio de referência, patenteado) para registro de genéricos", explica o médico Aníbal Gil Lopes, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e coordenador adjunto da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep), ligada ao CNS.

Os estudos também deverão ter relevância social, garantir que danos previsíveis sejam evitados, só serem feitos quando o resultado pretendido não puder ser obtido de outra forma, e usar métodos adequados (quantitativo, qualitativo ou os dois) às questões levantadas. Precisam garantir, ainda, a confidencialidade e a privacidade dos voluntários, protegendo a imagem deles e não usando as informações em prejuízo das pessoas ou comunidades, seja de autoestima, de prestígio ou financeiro.

Concordância e linguagem clara
Segundo o texto publicado, os indivíduos, grupos ou representantes legais dos participantes das pesquisas devem concordar com isso de forma livre e esclarecida, sem nenhuma pressão ou influência externa. Até os menores de idade deverão manifestar opinião, mesmo que os pais consintam o envolvimento deles nos estudos.

Para que possa refletir com calma, o indivíduo deve ter tempo suficiente e, se necessário, pedir a opinião de seus familiares, que podem ajudá-lo a tomar a decisão.

As informações sobre as pesquisas deverão, ainda, ser prestadas em linguagem clara e acessível, apropriadas à cultura, idade e condição socioeconômica dos voluntários.

"É uma questão muito semelhante a uma bula de remédio, que não adianta ter 20 páginas e letras miúdas. A pessoa precisa entender o que está lendo, pois, sem isso, não pode exercer sua autonomia", destaca Lopes.

Grupos não indicados
Entre os grupos que não são indicados a participar de estudos científicos, estão pessoas em situação vulnerável ou com possíveis limitações de autonomia, como estudantes, militares, presidiários e internos de centros de readaptação, empregados, moradores de asilos, associações religiosas ou situações parecidas.

"Esses grupos devem ser tratados de forma muito particular, pois não deveriam estar envolvidos em pesquisas. Para que eles possam participar, precisa haver justificativas e apresentação de procedimentos que garantam a liberdade do indivíduo", diz o coordenador adjunto da Conep.

Pacientes psiquiátricos, com doenças como esquizofrenia, poderão fazer parte de pesquisas desde que um responsável autorize e a própria pessoa também aceite.

Grávidas só devem ser voluntárias quando a gestação for o objeto do estudo. E mulheres em idade fértil devem levar em conta possíveis interferências da pesquisa sobre a fertilidade, a chance de gravidez, o embrião ou feto, o parto, o pós-parto, a amamentação e o recém-nascido. Voluntárias homossexuais que façam sexo sem fins reprodutivos também não podem ser obrigadas a tomar pílulas anticoncepcionais.

A nova norma fala, ainda, sobre estudos com pacientes que tiveram morte cerebral. Nesse caso, deve haver um documento que comprove o óbito encefálico, os familiares precisam consentir, e a dignidade da pessoa deve ser respeitada.

Assistência, ressarcimento e indenização
Além disso, as regras do CNS tratam sobre a assistência aos voluntários, o ressarcimento de despesas como transporte, alimentação e hospedagem – o pagamento pela participação não é previsto, exceto, segundo resolução de 2012, em casos em que uma pessoa saudável participe de testes em que tenha que tomar determinado medicamento para ver seus efeitos – e uma eventual indenização em caso de danos.

"Se houver algum problema, o paciente deve receber tratamento imediato, sob responsabilidade do patrocinador do estudo. Em caso de lesões definitivas, a pessoa poderá entrar com uma ação na Justiça e ter direito a indenização monetária", explica Lopes.

Denúncias
Denúncias de abusos nas pesquisas devem ser feitas pelo abusado, que pode ser tanto o voluntário quanto o pesquisador – por parte do patrocinador do trabalho.

Já os efeitos adversos identificados precisam ser comunicados pelo cientista à Conep e à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), pois esses dados são fundamentais para que um medicamento seja aprovado ou não para uso na população.

Resolução atualizou regras sobre estudos científicos com seres humanos (Foto: Astier/BSIP/Arquivo AFP)


Fonte:g1.globo.com

quarta-feira, 12 de junho de 2013




Descoberta de sangue de mamute aumenta possibilidades de clonagem

Mamute lanoso
Mamute lanoso
                             
Projeto da Universidade de Iakutsk e do investigador Hwang Woo-suk ganha novo alento

Uma equipe de cientistas russos encontrou sangue na carcaça congelada de um mamute recuperado numa ilha do Árctico. Esta descoberta aumenta significativamente as possibilidades de clonar este animal pré-histórico.

Numa expedição realizada no princípio deste mês pela Sociedade Geográfica Russa e especialistas da Universidade Federal do Nordeste (Sibéria Oriental) foi possível examinar os restos bem conservados desta fêmea de mamute-lanoso (Mammuthus primigenius), que tinha sido localizada em Agosto passado em Maly Liajovski, Oceano Árctico russo.

O chefe da expedição, Semen Grigoriev, afirmou que o animal morreu com 60 anos de idade há 10 mil ou 15 mil anos. Na Rússia descobrem-se mamutes “praticamente todos os anos”, mas esta descoberta tem importância acrescida, visto o animal estar em excelente estado de conservação, tendo ainda tecidos musculares preservados e sangue. “Quando quebramos o gelo debaixo do abdômen, fluiu sangue muito escuro. É o caso mais surpreendente que alguma vez vi”, disse o cientista.

O animal terá caído num poço de água ou num pântano, provavelmente até metade da sua altura, o que fez com que congelasse na água e que assim se preservasse. Os restos foram transladados para um lugar apropriado à sua conservação. “Esta descoberta aumenta as possibilidades reais de se encontrarem células vivas que possam permitir concretizar o projeto de clonagem de um mamute”, diz o cientista.

A Universidade de Iakutsk assinou um contrato o ano passado com o sul-coreano Hwang Woo-suk, um polêmico especialista em clonagem e pai do primeiro cão clonado, para a realização deste projeto. No caso de conseguirem o material, o núcleo das células do mamute-lanoso será transferido para óvulos de elefante com o objectivo de se produzirem embriões com o DNA daquele animal, que seriam colocados no útero de um elefante asiático.



Fonte: http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=57768&op=all

'Serpente das profundezas' é clicada no Golfo do México por cientistas

       

Exemplar de peixe-remo, também chamado de regaleco, que foi encontrado no Golfo do México (Foto: Mark Benfield/Louisiana State University)
Exemplar de peixe-remo, também chamado de regaleco, que foi encontrado
no Golfo do México (Foto: Mark Benfield/Louisiana State University)
 Pesquisadores da Universidade Estadual da Louisiana, nos Estados Unidos, conseguiram captar imagens inéditas de um peixe-remo (Regalecus glesne), também chamado de regaleco, que vive nas profundezas do mar.

De acordo com Mark Benfield, pesquisador e responsável por realizar as imagens na região do Golfo do México com um veículo operado remotamente, as imagens ajudaram a dar mais detalhes sobre esta espécie no estudo publicado no início de junho no “Journal of Fish Biology”. Foi a primeira vez que o animal foi perfeitamente visualizado.

O regaleco é um dos maiores peixes do mundo. Segundo Benfield, essa espécie pode atingir entre 8 metros e até 17 metros de comprimento e vive em águas temperadas e tropicais, a uma profundidade de até 3 mil metros. Alguns pesquisadores gostam de se referir a este animal como  serpente marinha.
Essa espécie de peixe pode medir até 17 metros de comprimento, afirma pesquisador (Foto: Mark Benfield/Louisiana State University)
Essa espécie de peixe pode medir até 17 metros de comprimento, afirma pesquisador (Foto: Mark Benfield/Louisiana State University)



Incêndios florestais destroem casas no estado americano do Colorado



Incêndios florestais "fora de controle" atingiam vários pontos do estado americano do Colorado, anunciaram as autoridades nesta quarta-feira (12), destruindo dezenas de moradias e levando à retirada de milhares de pessoas de suas casas.

Vários focos de incêndio afetam atualmente o estado, alimentados pelas temperaturas elevadas, pela umidade baixa e pelos os fortes ventos. O mais violento deles, situado em na Floresta Negra, já destruiu mais de 3.200 hectares de vegetação em Colorado Springs, a segunda cidade do estado.

Mais de cem bombeiros combatem as chamas com a ajuda de 48 helicópteros e elementos da Guarda Nacional.

Milhares de residentes tiveram de abandonar suas casas e mais de 900 presos de um centro correcional foram transferidos para outra prisão.

Morador fotografa o fogo destruindo árvores da Floresta Negra, em Colorado Springs, nesta quarta-feira (12) (Foto: Rick Wilking/Reuters)Morador fotografa o fogo destruindo árvores da Floresta Negra, em Colorado Springs, nesta quarta-feira (12) (Foto: Rick Wilking/Reuters)
Incêndio florestal atinge a Floresta Negra, em Colorado Springs, segunda maior cidade do estado americano. O fogo na floresta foi o mais violento entre os incêndios que tem ocorrido nos últimos dias na região, destruindo mais de 3.200 hectares de mata. (Foto: Rick Wilking/Reuters)Incêndio florestal atinge a Floresta Negra, em Colorado Springs, segunda maior cidade do estado americano (Foto: Rick Wilking/Reuters)
Coroas de fogo são vistas durante incêndio na Floresta Negra nesta quarta-feira (12) (Foto: Ed Andrieski/ AP)Coroas de fogo são vistas durante incêndio na Floresta Negra nesta quarta-feira (12) (Foto: Ed Andrieski/ AP)
Moradores observam incêndio da Floresta Negra em Colorado Springs (Foto: Bryan Oller/ AP)Moradores observam incêndio da Floresta Negra em Colorado Springs (Foto: Bryan Oller/ AP)
Incêndio destruiu várias casas e causou a retirada de milhares de pessoas (Foto: Bryan Oller/ AP)Incêndio destruiu várias casas e causou a retirada de milhares de pessoas (Foto: Bryan Oller/ AP)
Incêndio florestal nesta quarta-feira (12) em Colorado Springs, nos EUA (Foto: Ed Andrieski/AP)Incêndio florestal nesta quarta-feira (12) em Colorado Springs, nos EUA (Foto: Ed Andrieski/AP)
Fonte: g1.globo.com

Parques nacionais lutam contra retrocesso no processo de regularização



Enquanto algumas unidades de conservação (UCs) ainda iniciam o processo de regularização, outros parques nacionais (Parnas) do bioma Mata Atlântica lutam contra a ameaça de um retrocesso. No extremo sul da Bahia, o Parna do Descobrimento está praticamente todo regularizado. A unidade tem pouco mais de 2 mil hectares, dos mais de 26 mil hectares em situação pendente. A maior parcela irregular representa uma área que foi integrada ao parque no ano passado pelo governo federal.
Apesar do cenário mais consolidado, a administração da unidade convive diariamente com pressões de indígenas e assentados que vivem no entorno do parque. "Os índios [pataxós] querem retomar parte da terra, mas a Funai (Fundação Nacional do Índio) está trabalhando nos estudos para verificar se essa terra pertence a eles. Vamos ter que achar um meio termo", disse Aristides Neto, chefe da unidade, biólogo e analistas ambiental do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

Ainda sem a solução para o impasse, Aristides conta que o foco da administração, no momento, é a estruturação da sede da unidade. Até hoje, o parque criado em 1999 não tem um prédio administrativo e um centro de visitantes. "Em mais um ano teremos essas obras em conclusão. A estrutura vai ajudar a diminuir os impasses que hoje enfrentamos. Já tivemos problemas com incêndios, por exemplo", explicou.

A caça praticada por assentados e índios com armas improvisadas também tem ameaçado as espécies encontradas na unidade. Aristides Neto disse que o Parna guarda uma das três últimas manchas de Mata Atlântica na Bahia, além dos Parnas do Pau-Brasil e do Monte Pascoal. Segundo ele, o Descobrimento é a unidade mais preservada por abranger área ocupada por uma madeireira internacional que deixou o terreno no final dos anos 1990.

"As áreas no entorno viraram pastos e fazendas. Até hoje ainda temos retiradas clandestinas de madeira na área do parque, mas em pequena escala e estamos trabalhando para mostrar a importância do parque para a comunidade", concluiu o biólogo.

Fonte: Terra

Novo coronavírus tem potencial para causar pandemia, diz OMS

Doença respiratória já atingiu 55 pessoas no globo, das quais 31 morreram.
Agência diz que mundo também devem estar em alerta para H5N1 e H7N9.

Imagem divulgada pela agência britânica de proteção à saúde mostra o coronavírus visto ao microscópio (Foto: AFP)
Novo coronavírus visto ao microscópio (Foto: AFP)

A Organização Mundial da Saúde (OMS) informou na segunda-feira (10) que o novo coronavírus Mers (sigla para Síndrome Respiratória Coronavírus do Oriente Médio) tem potencial para se transformar em uma pandemia.

Para que isso não ocorra, a OMS está divulgando novas diretrizes para orientar profissionais de saúde de todo o mundo a se manterem atentos aos sintomas da doença.

Segundo a agência, o planeta também está em "fase de alerta" em relação a duas variações de gripe aviária capazes de infectar os seres humanos: os vírus influenza A (H5N1), que surgiu há uma década, e (H7N9), detectado desde março na China.

"Estamos tentando descobrir o máximo que pudermos, e estamos preocupados com esses (três) vírus", disse Andrew Harper, consultor especial da OMS para saúde sanitária e ambiente, em entrevista coletiva convocada para explicar a nova escala de risco do órgão sobre pandemias.

A diretriz provisória, a ser concluída ainda este ano, incorpora lições da pandemia de 2009/10 da gripe suína A (H1N1), que causou cerca de 200 mil mortes, número compatível com os óbitos das gripes sazonais comuns.

A nova escala da OMS, ajustada para incluir a noção de severidade na avaliação de risco, tem apenas quatro fases, em vez das seis anteriores. A ideia é permitir que os países tenham maior flexibilidade na avaliação dos problemas locais.

"A preocupação internacional com essas infecções é elevada, porque é possível que esse vírus se desloque pelo mundo. Já houve vários exemplos em que o vírus se transferiu de um país para outro por intermédio de viajantes", disse a OMS sobre o coronavírus Mers, que causa tosse, febre e pneumonia.

Viajantes já transportaram esse novo vírus do Oriente Médio para países como Grã-Bretanha, França, Alemanha e Itália. Pessoas infectadas também foram encontradas na Jordânia, no Qatar, na Tunísia e nos Emirados Árabes Unidos.

"Consequentemente, todos os países do mundo precisam assegurar que seus profissionais de saúde estejam cientes do vírus e da doença que ele pode causar, e que, quando casos inexplicados de pneumonia forem identificados, o Mers-CoV (coronavírus) seja considerado."

O Mers-CoV – parente distante da Síndrome Respiratória Aguda Grave (Sars), que surgiu na China em 2002 e matou mais de 800 pessoas em todo o mundo – foi identificado primeiro na Arábia Saudita, no ano passado. Até agora, a doença já foi confirmada em 55 pessoas no mundo inteiro, das quais 31 morreram. Quarenta casos ocorreram na Arábia Saudita, principalmente em um hospital na província de Al Ahsa, no leste do país.

"O número total de casos é limitado, mas o vírus causa a morte em cerca de 60% dos pacientes", disse a OMS, ao apresentar os resultados de uma missão de especialistas internacionais que passou uma semana na Arábia Saudita, até o último domingo.

A OMS ainda não apresentou orientações específicas para viajantes que vão participar do haj, peregrinação que leva milhões de muçulmanos anualmente à Arábia Saudita e que, em 2013, cai em outubro.

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Homens usam máscaras cirúrgicas para se proteger do novo coronavírus em frente a um hospital na cidade de Dammam, na Arábia Saudita. Mortes pela doença no país já chegam a 17 (Foto: Reuters)Homens usam máscaras cirúrgicas para se proteger do novo coronavírus em frente a um hospital na cidade de Dammam, na Arábia Saudita. País lidera o número de casos e mortes pela doença (Foto: Reuters)
Fonte: g1.globo.com

terça-feira, 11 de junho de 2013

Série de entraves limita uso da energia eólica no Brasil

Críticos afirmam que governo toma apenas medidas imediatas para lidar com problemas emergenciais no setor energético (Foto: BBC)
Críticos afirmam que governo toma apenas medidas
imediatas para lidar com problemas emergenciais
no setor energético (Foto: BBC)
                              

De qualquer lado que se olhe, o setor eólico no Brasil é um dos mais promissores na área energética, segundo analistas e levantamentos recentes.

As condições de clima e relevo e os avanços tecnológicos fizeram com que o Global Wind Energy Council, que agrupa organizações e empresas do setor, elegesse o Brasil como um dos países de maior potencial na geração de energia pelo vento.

Sua participação na matriz energética brasileira deve obter o maior crescimento entre as diversas fontes de energia, saltando dos atuais 2% para 8% em oito anos, segundo Maurício Tolmasquim, presidente Empresa de Pesquisa Energética (EPE).

Além disso, o uso do vento para gerar energia no país cresceu 73% em 2012, beneficiando 5 milhões de brasileiros por mês. E a discussão sobre as fontes eólicas ganharam ainda mais fôlego no início do ano, quando, diante de baixos níveis de reservatórios nas hidrelétricas, o país passou pelo risco de novos apagões ou racionamento. Para lidar com o problema, o governo usou as termoelétricas em caráter emergencial.

No entanto, esse recurso foi criticado por ser uma fonte de energia fóssil, por isso não renovável, poluente e de geração mais cara. Segundo um levantamento feito pela ONG ambiental Greenpeace na época, cada real gasto para operar as usinas térmicas poderia fornecer cinco vezes mais de energia se ela fosse gerada em campos eólicos.

Mas apesar dos argumentos ambientais e econômicos favoráveis, uma série de entraves continuam limitando a expansão da energia eólica e deixam seu aproveitamento no país muito aquém de todo seu potencial.

Confira alguns dos empecilhos:
Falta de planejamento a longo prazo
Mudanças em cima da hora, medidas imediatas apenas para lidar com problemas emergenciais e falta de transparência para as determinações futuras são alguns dos temores dos envolvidos na área de energia renováveis.

"O setor eólico é uma indústria nascente, precisa de fôlego, não pode ser algo que começa e depois é interrompido, pois isso pode ser fulminante", afirmou Elbia Melo, presidente-executiva da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica) à BBC Brasil.

Para ela, sem sinais claros do governo, o investimento a longo prazo vai arrefecer. "E isso poderia fazer esse indústria morrer antes mesmo de seu nascimento para valer."

Na opinião do professor Ildo Luis Sauer, diretor do Instituto de Eletrotécnica e Energia da USP, o potencial competitivo da energia eólica no Brasil é desperdiçado justamente por uma falta de planejamento e coordenação do governo.

"Um mapeamento eólico detalhado, por exemplo, organizaria melhor os investimentos e se criaria escala", afirma o engenheiro, que foi diretor de Gás e Energia da Petrobras entre 2003 e 2007. "Mas o planejamento hoje é volátil e volúvel, além de termos uma estrutura pouco funcional, como órgãos demais atuando sobre o mesmo setor."

Em nota enviada à BBC Brasil, o Ministério de Minas e Energia afirmou que "o Centro de Pesquisas de Energia Elétrica tem trabalho na revisão do Atlas Eólico existente".

Insuficiência nas linhas de transmissão

Depois de ser gerada nos campos eólicos, a energia depende de linhas de transmissão para chegar aos consumidores. O que, na prática, parece lógico, na teoria não é tão claro assim. Atualmente, essas redes não são de responsabilidade das mesmas empresas que mantém os parques em si. E isso vem gerando uma falta de sincronia nos prazos de entrega.

"O problema das linhas de acesso é um enorme entrave. O prazo de três anos para um empreendimento (estipulado em muitos leilões) acaba sendo curto, já que com todos os trâmites, o tempo real de construção acaba sendo menor que três anos", afirma Ricardo Baitelo, coordenador da Campanha Clima e Energia do Greenpeace Brasil.

Um bom exemplo desse cenário ocorre no Nordeste, onde três usinas estão prontas, mas sem gerar energia há quase um ano por falta de linhas.

Essa falta de sincronia na região - que abriga 60 das 92 usinas eólicas - provoca um desperdício de energia que, por sua vez, representa um prejuízo para o governo que já ultrapassou os R$ 260 milhões, segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Esse é o valor que o governo já pagou às empresas, uma vez que elas entregaram o empreendimento no prazo.

Além disso, de acordo com a Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica) essa produção desperdiçada seria suficiente para abastecer, por mês, cerca de 3,3 milhões de habitantes.

Questionado, o Ministério de Minas e Energia afirmou que vai implementar alterações nesse modelo no próximo leilão do setor, que está marcado para agosto. "No intuito de promover a redução de incertezas quanto ao escoamento da geração eólica contratada no Ambiente Regulado, o Leilão de Reserva apresentará consideráveis mudanças na sistemática adotada", afirma a nota do ministério, esclarecendo que o trâmite agora será feito em duas fases, atrelando às concessões à capacidade de distribuição.

Baixo investimento em pesquisas e desenvolvimento tecnológico
"Depois da descoberta do pré-sal, o investimento não apenas em eólica, mas em todas as outras energias renováveis diminuiu no país", afirma o professor do departamento de energia da Unesp José Luz Silveira. "Também não há subsídio do governo, especialmente aos pequenos produtores, como acontece na Europa."

Baitelo, do Greenpeace, concorda que a prioridade é para o petróleo, se compararmos como qualquer outra área do campo energético.

"Na academia, se vê uma produção maior em temas ligados ao pré-sal do que à energia eólica ou fotovoltaica", afirma, acrescentando que mais investimentos nesse setor poderia, por exemplo, desenvolver turbinas mais apropriadas para os ventos brasileiros.

Escolha por carvão

De acordo com os especialistas ouvidos pela BBC, o governo indicou no início do ano que gostaria de ter mais termoelétricas para complementar sua matriz e garantir o abastecimento. "Pudemos ver que o lobby do carvão se organizou e nessa ocasião acabou conseguindo o que queria", afirma Baitelo.

"Esse é o momento de equilibrarmos a matriz e darmos mais espaço para as térmicas", disse Tolmasquim, da EPE, ao anunciar no mês passado a contratação de usinas termoelétricas no leilão que contratará a demanda das distribuidoras a partir de 2018. O anúncio causou euforia no setor das carvoarias. Uma das empresas líderes neste mercado, a Tractebel, do empresário Eike Batista, divulgou que estudaria incluir seus projetos no leilão.

Fonte: g1.globo.com

Europa tem que cortar emissões em 55% até 2030, aponta ONG

Emissões na França (Foto: Joel Saget/AFP)
Chaminés de indústria na França lança fumaça na atmosfera (Foto: Joel Saget/AFP)

           

Estudo divulgado nesta terça-feira (11) pela organização não-governamental Greenpeace aponta que a União Europeia terá que realizar um novo corte de 7% nas emissões de CO2 até 2030, para compensar a falha do mercado de crédito de carbono e fazer com que as medidas ambientais sejam realmente eficazes.

O estudo foca na definição dos objetivos ambientais do bloco para os próximos 17 anos e aponta que os cálculos apresentados pela Comissão Ambiental da União Europeia estão equivocados.

Em março, o bloco afirmou que será necessário cortar em 40% as emissões de CO2 nos países que integram a UE. Em maio, o Reino Unido considerou que o corte de emissões chegaria a 50% para o mesmo período.

No entanto, o Greenpeace afirma que a meta apropriada para 2030 é de reduzir em ao menos 55% as emissões de gases-estufa, número que inclui os 7% provenientes do déficit do mercado de carbono.

Niklas Hohne, diretor da Ecofys, empresa responsável pela elaboração do estudo, disse que o bloco europeu precisa de uma meta mais rígida se quiser manter vivo o sistema comunitário de comércio de direitos de emissão e evitar os danos da mudança climática.

Chamado em inglês de ETS, o sistema abrange 11 mil instalações industriais de 31 países europeus e não estaria funcionado como esperado.

O colapso do preço do carbono impediu que as negociações fossem feitas com sucesso e causou um efeito reverso: está mais barato poluir do que investir em tecnologias de produção limpa.

Recorde de emissões em 2012
As emissões de CO2 (dióxido de carbono) em todo o mundo aumentaram 1,4% em 2012, nível considerado recorde pela Agência Internacional de Energia (AIE), que divulgou relatório nesta segunda-feira (10).

Segundo o órgão, foi registrada a emissão total de 31,6 gigatoneladas de gases-estufa no ano passado. No entanto, apesar da alta, há diferenças regionais, com países reduzindo seus índices e outros aumentando.

A China foi quem mais emitiu gases-estufa e contribuiu para o crescimento global. De acordo com o relatório, foi expelido um adicional de 300 milhões de toneladas de gases em relação ao ano de 2011.

No entanto, o aumento foi considerado baixo se comparado com períodos anteriores devido aos investimentos pesados que o país asiático fez na última década para adotar fontes renováveis e melhorar a eficiência energética.

Nos Estados Unidos, a substituição de usinas de carvão por tecnologias que usam gás natural na geração de energia ajudou a reduzir as emissões em 200 milhões de toneladas nos últimos anos, trazendo-as de volta ao nível de meados de 1990.

Na Europa, a desaceleração da economia em decorrência da crise e o crescimento do uso de fontes renováveis -- além de políticas que restringem as emissões provenientes da indústria -- fizeram o continente reduzir em 50 milhões de toneladas de CO2.

Emissões do Japão, entretanto, aumentaram em 70 milhões de toneladas, ou 5,8%, enquanto os esforços para melhorar a eficiência energética não conseguiram compensar o aumento da utilização de combustíveis fósseis, após o acidente nuclear de Fukushima em 2011, disse a AIE.

Fonte: http://g1.globo.com