sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Girafa morre na África do Sul após se chocar contra uma ponte

Animal estava em um caminhão quando o acidente ocorreu.


Usuário do Twitter fotografou girafas pouco antes do acidente em Joannesburgo (Foto: Thinus Botha/BBC)Usuário do Twitter fotografou girafas pouco antes do acidente em Joannesburgo (Foto: Thinus Botha/BBC)

Uma organização de defesa dos animais da África do Sul investiga a morte de uma girafa, que foi ferida ao ser transportada em uma rodovia em Johannesburgo. Testemunhas disseram que a cabeça de uma das girafas que estava no caminhão se chocou contra um viaduto.
Segundo a Sociedade Nacional pela Prevenção da Crueldade contra os Animais, os bichos eram levados ao veterinário e, com o impacto, uma delas morreu ao dar entrada na clínica.
Revolta
O incidente provocou comoção e muita revolta no Twitter. Um usuário, Thinus Botta, tuitou que estava em um carro atrás do caminhão com as girafas, quando o animal se chocou contra a ponte. "Tinha sangue por todos os lados", tuitou Botta.
A associação informou que a girafa tinha um ferimento na cabeça, mas que seria necessário realizar uma autópsia para confirmar a causa da morte.

Fonte:g1.globo.com

Cantareira recebe 57% da chuva esperada em sete meses

Julho foi o sexto mês do ano em que choveu abaixo da média histórica na região dos reservatórios do Sistema Cantareira, de acordo com dados divulgados pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp).
Ao longo dos sete primeiros meses de 2014, a precipitação acumulada foi de 57,65% do esperado, o que agravou a crise no abastecimento da Grande São Paulo.
O único mês em que choveu mais do que a média histórica foi março: 193,3 milímetros contra a média de 184,1. Se tomada como base a média histórica, a expectativa era que a região das represas tivesse acumulado 925 milímetros de chuva até o fim de julho. Porém, os reservatórios receberam  pouco mais da metade: 533,3 milímetros de chuva.

A maior diferença foi no mês de junho, quando choveu apenas 28,21% do esperado - 15,8 milímetros contra média de 56 milímetros. Nesta sexta-feira, os reservatórios do Cantareira operavam com 15,3% da capacidade total.
Tabela mostra chuvas acumuladas no sistema Cantareira. (Foto: G1)
Alto Tietê
No Sistema Alto Tietê, que opera com 20,7% nesta sexta, as chuvas também vieram com menos intensidade do que o esperado em 2014. Em todos os meses choveu menos que a média histórica. Foram 595,9 milímetros de janeiro a junho contra a média de 893,3. Choveu 66,7% do esperado.
O sistema passou, em dezembro de 2013, a oferecer água para parte da população abastecida pelo Cantareira como medida do governo do estado para amenizar a crise do abastecimento. Desde então, o Alto Tietê também perdeu volume elevado de água e a possibilidade de se usar o “volume morto” chegou a ser debatida.
O governador de São Paulo Geraldo Alckmin negou, no entanto, e disse que as obras são para “deixar tudo preparado”. Atualmente, o Alto Tietê produz cerca de 14,5 mil l/s de água e abastece aproximadamente 4,5 milhões de pessoas.

Sistema em crise
A crise no Cantareira começou por causa da pouca chuva e das altas temperaturas no último verão. No inverno, segundo a meteorologista Josélia Pegorim, da Climatempo, os níveis de chuva estão próximos do esperado para a estação. “Todo o problema de abastecimento de água na Grande São Paulo é decorrente da falta de chuva que aconteceu especialmente no verão 2013/2014”, diz.
Segundo ela, não há expectativa de haver chuvas regulares em julho e em agosto. “O quadro de seca vai continuar. A expectativa é que a chuva comece a cair com alguma regularidade mais no final de setembro e principalmente em outubro”, diz. Ainda assim, a possibilidade de as chuvas atrasarem não está descartada.
O Sistema Cantareira é formado pelas represas Jaguari, Jacareí, Cachoeira e Atibainha. Elas ficam no estado de São Paulo e no sul de Minas Gerais. Juntas, as represas fornecem água para cerca de 9 milhões de pessoas na cidade de São Paulo (zonas Norte, Central e parte das zonas Leste e Oeste), além de Franco da Rocha, Francisco Morato, Caieiras, Osasco, Carapicuíba, Barueri e Taboão da Serra, São Caetano do Sul, Guarulhos e Santo André. Parte do interior do estado também recebe água do sistema.
Represa Jaguari-Jacareí, parte do Sistema Cantareira, na cidade de Vargem, no interior de São Paulo fotografada nesta terça (29) (Foto: Nilton Fukuda/Estadão Conteúdo)Represa Jaguari-Jacareí na cidade de Vargem, no interior de SP. (Foto: Nilton Fukuda/Estadão Conteúdo)

quinta-feira, 31 de julho de 2014

Brasil inaugura primeira fábrica de mosquitos da dengue transgênicos

Empresa Oxitec produz inseto capaz de reduzir transmissão da doença.
Unidade em Campinas gera até 2 milhões de mosquitos por 
semana.

Mosquito Aedes aegypti macho fabricado pela Oxitec, unidade criada em Campinas, interior de São Paulo (Foto: Eduardo Carvalho/G1)Mosquito Aedes aegypti macho fabricado pela Oxitec, unidade criada em Campinas, interior de São Paulo (Foto: Eduardo Carvalho/G1)
A empresa britânica Oxitec inaugurou, nesta terça-feira (29), a primeira fábrica de mosquitos Aedes aegypti transgênicos do Brasil, uma tecnologia que, se aprovada, pode ajudar no combate da dengue no país. A unidade, instalada em Campinas, tem capacidade de produzir 500 mil insetos por semana. No ápice de produção, esse número pode saltar para 2 milhões de machos a cada sete dias.
A tecnologia foi desenvolvida em 2002, no Reino Unido. No laboratório, ovos dos Aedes aegyptireceberam uma microinjeção de DNA com dois genes, um para produzir uma proteína que impede seus descendentes de chegarem à fase adulta na natureza, chamado de tTA, e outro para identificá-los sob uma luz específica.

Os machos, quando liberados na natureza, procriam com as fêmeas –responsáveis pela incubação e transmissão do vírus da dengue. Elas vão gerar descendentes que morrem antes de chegarem à vida adulta, reduzindo a população total.

Testes iniciados em 2011 na cidade de Juazeiro, na Bahia, mostraram redução acima de 80% na população selvagem. Alguns experimentos apontaram resultados de 93% de redução do Aedes aegypti que vive na natureza. O uso dos insetos da Oxitec no Brasil foi feito em parceria com a organização Moscamed.
Fábrica em Campinas tem capacidade de produzir 500 mil mosquitos da dengue transgênicos por semana (Foto: Eduardo Carvalho/G1)Fábrica pode produzir 500 mil mosquitos
por semana (Foto: Eduardo Carvalho/G1)
Como funciona
A ideia da Oxitec é ser contratada pelo poder público para fornecer um pacote de serviços, que vai desde o treinamento de agentes públicos ao combate de possíveis epidemias de dengue.

A contratação depende da aprovação da Agência de Vigilância Sanitária, a Anvisa, que ainda estuda autorizar a comercialização deste tipo de serviço. Caso isto ocorra, o Brasil poderá ser o primeiro país a aprovar o uso de Aedes aegypti transgênico, em caráter comercial, para combater a dengue.
No entanto, testes podem ser realizados em algumas cidades, como Piracicaba e Campinas, ambas no interior paulista.

Segundo Glenn Slade, diretor global de desenvolvimento de negócios da empresa, uma cidade de 50 mil habitantes terá de desembolsar de R$ 2 milhões a R$ 5 milhões por ano para aplicar os serviços, e R$ 1 milhão pelos anos seguintes, para manutenção dos insetos. Ele afirma ainda que novas unidades devem ser construídas no Brasil.
O processo de liberação é dividido em três fases. Em um plano simulado para um município de 10 mil habitantes, na primeira fase, chamada de supressão, são liberados 2,5 milhões de insetos por semana (250 para cada habitante). Na consolidação, o total de lançamentos cai para um milhão por semana. As duas primeiras etapas duram de quatro a seis meses, cada uma delas. Na terceira e última fase, a de manutenção, são liberados 500 mil mosquitos machos por semana.

De acordo com o Ministério da Saúde, entre 1º de janeiro e 5 de julho deste ano, o país registrou 659.051 casos de dengue, total que é 52,5% menor que o do ano passado (1.388.776 notificações). A quantidade de mortes também diminuiu. Foram 249 óbitos entre 1º janeiro e 5 de julho deste ano contra 541 no mesmo período do ano passado.
Mosquito da dengue transgênico é macho, e se reproduz com fêmeas na natureza, gerando mosquitos que morrem antes da vida adulta (Foto: Eduardo Carvalho/G1)Mosquito da dengue transgênico é macho, e se reproduz com fêmeas na natureza, gerando mosquitos que morrem antes da vida adulta (Foto: Eduardo Carvalho/G1)
Fonte:g1.globo

Barbatanas de tubarão são expostas em calçada de Hong Kong


Parte do animal é um alimento muito apreciado para fazer sopas na China.Ambientalistas condenam comércio, por ameaçar populações de tubarões.

Centenas de barbatanas de tubarão são expostas em via de Hong Kong, na China. (Foto: Dale de La Rey/AFP)

Imagens divulgadas nesta quinta-feira (31) mostram centenas de barbatanas de tubarão expostas em uma via de Hong Kong, na China, país que é um dos maiores mercados consumidores desta parte do animal, utilizada na gastronomia.

Um dos pratos mais comuns é a sopa de barbatana de tubarão, servida em banquetes de casamento e festas de empresas. No entanto, ambientalistas afirmam que a demanda crescente coloca sob pressão as populações de tubarão pelo mundo.
Hong Kong é considerada a "capital da barbatana de tubarão", mas ativistas ambientais defendem que o comércio dessa parte do peixe deixe de existir.
O tamanho e o aspecto da barbatana é o que importa na preparação da sopa. As dorsais são mais caras que as ventrais ou peitorais, mas a cauda também é bastante apreciada, segundo os vendedores. As partes do tubarão-tigre são as mais procuradas. De acordo com a medicina tradicional chinesa, comer barbatanas fortalece a saúde e os ossos.
No Brasil, já é proibida a prática do "finning", que consiste em pescar o tubarão, cortar sua barbatana e devolvê-lo ao mar, onde acaba morrendo.

A peça é utilizada para produção de sopas de barbatanas, mas tem ameaçado as populações de tubarões em todo o mundo (Foto: Dale de La Rey/AFP

Fonte:g1.globo.com


terça-feira, 22 de julho de 2014

Tratamento promissor contra o câncer usa parasita intestinal dos gatos

Tratamento-promissor-contra-o-câncer-usa-parasita-intestinal-dos-gatos-discovery-noticias
Foto: Centro do Câncer Norris Cotton, Centro Médico Dartmouth-Hitchcock
Um parasita presente nas fezes dos gatos é a base de um tratamento que combate o câncer em ratos de laboratório, incluindo melanomas agressivos e tumores no ovário, segundo testes preliminares.
Toxoplasma gondii, um protozoário unicelular que se desenvolve no intestino dos felinos, pode provocar doenças em gatos e seres humanos. Mas os cientistas do Centro Médico de Dartmouth-Hitchcock encontraram uma forma de modificar o parasita, cuja nova “versão” teria uma impressionante ação anticancerígena.
“Descobrimos que este parasita é capaz de estimular as respostas imunológicas exatas para combater o câncer”, comenta David J. Bzik, professor de microbiologia e imunologia da Faculdade de Medicina da Universidade de Dartmouth.
“A biologia desse parasita é diferente da de outros microorganismos de uso terapêutico, que mantêm contato apenas com a parte externa das células imunológicas”, explica a pesquisadora-associada Barbara Fox. “Ao ganhar acesso ao interior das células imunológicas, essa cepa modificada do T. gondii reprograma a ação natural do sistema imunológico para destruir células tumorais e cancerosas”.
O parasita mutante foi apelidado de CPS. Testes de laboratório mostram que ele não se reproduz dentro do organismo. Mesmo se o sistema imunológico do receptor estiver debilitado, como acontece com frequência durante a quimioterapia, o CPS ainda preserva sua ação anticancerígena.
“Os cânceres agressivos são como trens em alta velocidade,” compara Bzik. “O CPS é como um super-herói microscópico, que detém o avanço dos trens e os encolhe até fazê-los desaparecer”.
Durante os testes de laboratório, Bzik e seus colegas usaram o CPS para tratar casos extremamente agressivos de melanoma e câncer ovariano em ratos, que apresentaram um índice de sobrevivência sem precedentes.
Outra característica notável desta nova arma contra o câncer é que o CPS pode ser adaptado a um paciente específico.
“Nos futuros tratamentos clínicos, acreditamos que os parasitas poderão ser inseridos em células isoladas do paciente. As células ‘Cavalo de Troia’, contendo o CPS, seriam injetadas como uma vacina imunoterapêutica, gerando as reações necessárias para erradicar as células cancerosas e proporcionar imunidade duradoura contra recidivas da doença”.
Os pesquisadores ainda tentam entender por que o CPS é tão eficiente, e continuarão a analisar seus mecanismos e alvos moleculares.
“A imunoterapia com CPS é incrivelmente promissora na criação de novos tratamentos e vacinas contra o câncer”, conclui Bzik.
Se depender dos avanços da ciência nesse campo, as futuras gerações talvez vejam as ninhadas de gatinhos sob uma ótica inteiramente nova.
 Fonte: noticias.discoverybrasil.uol.com.br